obituário

Morreu a dona de casa Adir Terezinha Deprá Colusso

Fotos: Arquivo Pessoal

Muito vaidosa, Adir Terezinha Deprá Colusso, 65 anos, não saia de casa se não estivesse com as unhas das mãos e dos pés bem arrumadas e pintadas. Ela também adorava estar maquiada e bem vestida. Nascida no distrito de Arrio Grande, Adir morou na localidade de São Marcos por mais de 50 anos com o marido Odacir Colusso, 70. Os dois tiveram dois filhos: Simone, 47, e Cristiano, 42.

Adair sempre adorou mexer na terra e cultivava uma horta com legumes, verduras e temperos para usar em casa. No mesmo jardim, ela também cultivava rosas e mudas de brinco de cigano, que adorava. Diariamente, ela se dedicava à limpeza do terreno e poda das plantas.

A dona de casa será lembrada pela família como uma pessoa muito alegre, sorridente, bonita e elegante.

- Ela era nosso porto seguro. Toda a família vinha aqui para falar de seus problemas e buscar soluções com ela. Apelidamos, carinhosamente, a casa dela de muro das lamentações. Ela nos dava muita luz e conselhos bem realistas, não existia nenhum tabu para conversar com ela. Eu, quando me casei com o Cristiano, pedi uma sogra, mas recebi uma grande mãe - recorda a nora e agricultora Ana Araci Correa.

Adir adorava passar o tempo na cozinha, fazendo quitutes para agradar a família. Aos domingos, era ela quem fazia a maionese e ajudava no tradicional churrasco dos parentes.

- Como eu sou diabética, ela fazia um prato de maionese e carne separados para eu poder comer. Domingo de manhã, cedo ela me ligava e perguntava que horas eu iria para lá, e eu dizia que iria à missa e, depois, passava na casa dela. Quando eu chegava, a mana tinha feito tudo e deixava tudo tapado para podermos conversar e tomar mate até a hora do almoço - emociona-se a irmã e aposentada Lourdes Deprá da Silva, 73 anos.

Para a família, ela deixa o legado de ser alguém muito realista e que sempre incentivava a todos. Muito guerreira, ela não deixava se abater porqualquer problema.

Adir também adorava cuidar da alimentação e não dispensava comidas saudáveis. Mas o prato preferido dela era uma boa polenta e com salame.

Outro talento da idosa, na cozinha, era o queijo colonial. Conforme a nora Ana, o produto feito por ela era muito cremoso e sempre bem temperado. A dona de casa também não dispensava o café após o almoço.

Adir era muito devota de Nossa Senhora Aparecida e frequentava o grupo de orações da Vila Santa Brígida, nas localidade de São Marcos. Sempre que ocorriam as rezas do terço, ela estava presente, com a vizinhança.

Adir era avó de Letícia, 24 anos, e Carolina, 22, e era muito coruja com ambas. As meninas sempre passavam as férias na casa da avó e adoravam passar o tempo com ela, já que tinham um grande carinho por ela.

Adir ficou internada no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) por quatro dias e faleceu em 19 de fevereiro. Ela foi sepultada no dia seguinte, no Cemitério de São Marcos, no distrito de Arroio Grande. A família não quis divulgar o motivo do falecimento.

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As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para natalia.zuliani@diariosm.com.br ou pelo telefone (55) 3213-7122

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